terça-feira, 23 de outubro de 2007

Novo Perfil! (( ATUALIZADO e EXCLUSIVO ))

Confira o novo Perfil (( ATUALIZADO e EXCLUSIVO )) de Victor & Leo!



1. Vocês nasceram em Ponte Nova e foram criados em Abre Campo, Minas Gerais. Em 1994, vocês se mudaram para Belo Horizonte com a intenção de aprimorar os estudos, mas a paixão pela música falou mais alto e vocês então partiram para a carreira artística unindo técnica e prática, cantando na noite da capital mineira. Vocês acreditam que a 'noite' seja a grande escola da música?

-Certamente, uma grande escola. Começamos a cantar em 1992 e, inevitavelmente, na noite. Aprendemos a falar uma linguagem própria mas que chegasse ao entendimento do público, na noite. Na noite, cara a cara com o público, aprende-se a lidar com pessoas e situações diferentes, falta de grana, improviso musical e uma série de outras coisas que o irão definir como um artista. Você aprende que sucesso é coisa que se pode enxergar em qualquer lugar ou tempo e aí, fica mais fácil continuar sem se preocupar com o lugar onde chegar.



2. Vocês ganharam destaque nacional cantando seus sucessos "Vida Boa", "Fada", "Lembranças de Amor" e "Amigo apaixonado". Qual a emoção de conquistar um público nacional cantando músicas próprias, num caminho totalmente inverso dos artistas no Brasil?

- Não somente estas canções, mas todas as que estão no CD ao Vivo são cantadas pelas pessoas nos shows. Isto nos emociona porque são elas, as pessoas que estão ali no show que nos lançam. Não houve mídia, não houve investimento, houve amor e música e o público absorveu isto de uma forma mágica. Quando subimos no palco temos que dar o máximo do que temos para retribuir e, ao mesmo tempo, emocionar nossos investidores: o público. É um orgulho chegar em uma cidade e encontrar um show lotado de gente que mal conhece a nossa imagem, mas canta todas as nossas canções.



3. Em junho de 2007, vocês foram contratados pela gravadora Sony/BMG, que passou a distribuir o CD Victor&Leo ao Vivo que, mesmo tendo sido tão pirateado em seu primeiro mês de distribuição, já estava entre os 10 mais vendidos do país. Qual o segredo para este sucesso desejado por muitos e alcançado por poucos?

-Não há segredo. Fazemos o que fazemos por puro amor às pessoas e à música. Queremos somar na vida de todos. Nossa intenção é espiritualista e sabemos que num show, se cantarmos com a alma aberta ao amor, à luz e a tudo o que for positivo, as pessoas poderão sentir seus espíritos mais leves e confortáveis. Por isso, quando gravamos este cd, de forma independente e sem recursos, mesmo sem saber onde ele chegaria, sabíamos da procedência da energia nele contida e que quem o ouvisse, a iria sentir.



4. Estima-se que, ainda em 2007, tenham sido pirateadas mais de 2 milhões de cópias do CD Victor&Leo ao Vivo, em todo o Brasil. Diante desta realidade, como lidar com a pirataria de CDs e DVDs no Brasil?

Achamos que a palavra seja:Paciência. Há muito mais que um vendedor ambulante e um fabricante clandestino envolvidos nisto. Quando se fala em preços altos dos produtos originais, por exemplo, é preciso que se fale em altos impostos e taxas também, e por aí vai. É um assunto para horas e de pouca conclusão, principalmente diante do momento político que passamos. Mesmo assim, antes do cd chegar às lojas, tivemos a grata experiência de receber muitos e-mails de pessoas angustiadas por terem apenas o cd pirata e exigindo o original.



5. Muitos críticos hoje em dia afirmam que a música virou um comércio, se transformando num balcão de negócios, com uma finalidade estritamente comercial. Vocês acreditam que isto seja uma verdade?

É uma verdade relativa e não pode ser generalizada. Acreditamos que o problema maior seja cultural. As pessoas possuem pouco conhecimento musical pois nem nas escolas, em que antes havia uma noção teórica, elas podem obter algum referencial. Então, muitas vezes, uma música de qualidade relativamente alta, com arranjo bem trabalhado e letra bem elaborada, se perde em meio a outras de pouca relevância neste sentido. Salva-se a idéia de que emoção só se pode sentir e aí, se há emoção, vende.



6. A música sertaneja ao longo dos últimos 15 anos perdeu um pouco o estigma de música caipira com a incorporação de novos ritmos a ela. Qual a tendência da música sertaneja para sobreviver no mercado fonográfico?

A questão é que nós não nos preocupamos com os rótulos. Nossa música é feita com alma. Nossos arranjos e criações também. Não podemos dizer que cantamos apenas música sertaneja, até porque quando o fazemos, fazemos do nosso jeito. Temos influências sertanejas e amamos o acervo de Sérgio Reis e Tiaõ Carreiro&Pardinho, mas nossas referências não páram por aí e se extendem ao blues de Eric Clapton, à versatilidade de Phil Collins e ao rico regionalismo de Almir Sater, Alceu Valença e Zé Ramalho.



7. Vocês cantam suas próprias canções. Isto faz com que o público sinta mais emoção quando se apresentam?

Nós mesmos produzimos e fazemos os arranjos musicais. Isso já é uma forma de repassar uma emoção que virou música, independente de ser nossa. Quando cantamos nossas próprias canções, acontece o mesmo processo. São emoções em forma de música e nós fazemos isso para que as pessoas, não só as sintam, mas também se sintam abertas ao despertar de novas e próprias sensações.



8 . Vocês têm na discografia os álbuns "Number One" (2002), "Vida Boa" (2004), e "Ao Vivo" (2006). Como surgiu a idéia de presentear o público gravando o DVD "Ao Vivo em Uberlândia". E por que a cidade foi escolhida para o show?

Assim como o próprio CD ao Vivo(2006), o DVD foi uma idéia de nosso público. Os pedidos é que nos moveram à realização dos mesmos. Não acreditamos em modismos e por isso nos focamos no "agora", fazendo com que nossa emoção seja o que as pessoas sentem com o que fazemos.

Escolhemos Uberlândia-MG porque foi lá, em meados do ano passado que nosso cd ao vivo(2006), até então independente, foi veiculado por uma emissora de rádio pela primeira vez, tocando "Amigo Apaixonado" e, em seguida "Fada", ambas em primeiro lugar já na primeira semana de execussão

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Como foi o início? A experiência tocando em barzinhos? Como foi a passagem por Belo Horizonte e por São Paulo? Quais as diferenças entre a carreira independente e carreira vinculada a uma grande gravadora?

O início foi despretencioso e natural. Não havia intenção profissional, embora levássemos a sério até as canjas na pracinha da cidade junto aos amigos, em Abre Campo-MG, onde fomos criados. Tocamos em bares por quase 15 anos e isso foi o "laboratório" através do qual pudemos conhecer nosso público e amadurecermos a linguagem que nos aproximaria dele. Saímos do interior mineiro em 1994 e fomos para Belo Horizonte, onde começamos num bar no calçadão, tocando de mesa em mesa até tocarmos me casas maiores da noite. Lá, gravamos 2 cd´s promocionais os quais forram nossas primeiras experiências em stúdio. Em 2001 , fomos para São Paulo. Gravamos o primeiro cd de mercado por uma gravadora pequena chamada Number One o qual, por ter nossa cara, foi motivo de nossa saída para a produção independente em 2003. Gravamos e produzimos um CD chamado Vida Boa que teve excelente aceitação entre nosso público da noite paulistana. Deste cd, partimos para uma gravação ao vivo a pedido de nosso público. Daí, de forma independente, surgiu Victor&Leo ao Vivo uqe, ao ser tocado em uma rádio no triângulo mineiro, em Uberlândia-MG, pela primeira vez, despontou para todo o Brasil.

O CD Victor&Leo ao Vivo espalhou-se por todo o país, sem mídia e sem investimento, gerando muitos shows e muitos primeiros lugares em diversas emissoras, sem gravadora, porém , sem distribuição. Então, as pessoas ouviam no rádio, mas adquiriam na pirataria. Quando a Sony-BMG nos procurou, queria distribuí-lo e, mesmo sabendo que ele tanto havia sido pirateado, compensou muito rendendo disco de ouro em dois meses de distribuição. Nossa condição foi a de que continuaríamos produzindo, arranjando e dirigindo os trabalhos, bem como fizemos com o DVD e CD ao Vivo em Uberlândia, lançados agora pela Sony-BMG. Assim, da forma respeitosa e justa como fomos contratados pela Sony, a diferença se faz, principalmente pela distribuição original do produto.



1 - Renato Russo, certa vez, disse que para uma banda ou artista gravar o primeiro disco não era muito o problema. "Porque os artistas se preparam a vida toda para o primeiro disco". O problema, para ele, era gravar o segundo. Victor e Leo já deram o cartão de visitas com três discos lançados. O que tornou a dupla conhecida foi o "ao vivo", que muita gente considera como o primeiro. Como estão os trabalhos para os próximos discos, já que a responsabilidade será grande, depois do sucesso alcançado pelo "ao vivo"?

De certa forma, você pode usar seu dom, mas só o usará bem quando souber a forma como o fará. Existem mil maneiras de se mostrar uma canção, mas se a linguagem musical for clara e entendível, você terá seu público e uma coisa que ninguém poderá lhe tirar: Sua identidade artística.

Foi assim que fizemos e gravamos o DVD e o novo CD, em formato diferente mas em mesma linguagem, com 3 canções inéditas as quais já estão sendo pedidas e cantadas. Não estamos preocupados com os resultados porque focamo-nos no amor com que fazemos nosso presente. O que se faz com amor, profissionalismo e capricho, vale à pena por si só, sem a responsabilidade exata do que vai resultar.



2 – Li uma notícia de que o disco "ao vivo" teve, estimadamente, dois milhões de cópias pirateadas. De que forma um fato desses interfere no trabalho da dupla? Qual a opinião de vocês sobre a pirataria? Vocês têm alguma sugestão para combater isso?

No caso do CD ao vivo, como ele era independente e não estava originalmente no mercado, sua pirataria não trouxe problema nem para nós nem para ninguém. Se bem que houve muita gente enraivecida por não conseguir o original, no começo. O problema da pirataria é quando ela concorre com o que.está sendo comercializado nas lojas. Mas falar sobre isso no Brasil é o mesmo que discutir política. O preço do original, às vezes, é alto, mas os impostos, embora mal usados e sem sentido, também é. O cara que vende o pirata é a frente de muitas questões antecedentes à chegada do produto em suas mãos. A sugestão para, não só a pirataria mas para um país como um todo é, reformular o conceito de educação e aplica-lo na criação de nossas crianças. Parece utópico e é.



3 – Já ouvi artistas analisando a pirataria de uma forma, digamos, mais otimista. Para estes, se, por um lado, a pirataria causa prejuízo, por outro, divulga o trabalho. Mais pessoas ficam conhecendo o artista, e nem todas vão consumir produtos falsificados. O que vocês acham desse pensamento?

Achamos muito polêmico para ser tão simplesmente discutido. Nosso cd ao vivo foi pirateado mas em diversos estados e cidades do Brasil, todo mundo cantava todas as canções antes de a gravadora distribuí-lo. Então, independente das vendas originais, os shows acontecem. Só que quando se gosta realmente de algo, há uma estranha necessidade de se adquirir aquilo com qualidade máxima. E é aí que o pirata perde. Não pago um rela pelo que não curto, mas me sacrifico por algo que muito quero. Está aí a questão mais profunda entre o caro e o barato. Sai caro quando compro por comprar, embora possa possa ser barato, mas sai barato quando compro com prazer, embora possa ser caro.



4 – A internet tem se mostrado uma importante ferramenta de divulgação artística. Músicos independentes usam o Youtube, por exemplo, para divulgarem seus trabalhos, e acabam fazendo muito sucesso. Há também o Orkut. Inclusive, a comunidade de vocês é muito grande no Orkut. Vocês têm um planejamento de divulgação da dupla via internet?

Não é bem um planejamento mas acompanhamos de perto. Embora nunca tenhamos postado qualquer vídeo na net ou feito qualquer comunidade em sites como o Orkut, através de nosso site( www.victoreleo.com), temos o termômetro exato da satisfação pública com os shows e produtos. Mantemos uma assessoria humanizada que responde, diariamente, todas as mensagens de diversos pontos do país, sendo um canal aberto para a solução de dúvidas e absorção de sugestões . No site, encontram-se informações diversas sobre nossa carreira, além de as pessoas poderem ter acesso a notícias e novidades.



5 – Por outro lado, a internet pode ser traiçoeira. Existem programas, como o E-mule, que permitem que várias cópias em mp3 das músicas se espalhem pelo mundo inteiro, como pragas de gafanhotos na plantação. De que forma isso pode prejudicar ou ajudar o trabalho de vocês?

Sinceramente, não temos uma opinião madura sobre isso. Não dá pra saber o quanto é bom ou ruim. É bom que as pessoas cantem nossas canções e, quando gostam, acabam as distribuindo-as entre si utilizando estes meios, mas é ruim quando não adquirem o produto m si, pois nos privam de respaldo mercadológico.



6 – Outro dia, tive uma surpresa ao saber que muita gente da minha turma de pós-graduação, em Belo Horizonte, conhece e gosta de Victor e Leo, mas não gostam de outras duplas sertanejas. Ao explicarem por que gostam de Victor e Leo, as pessoas dizem alguma coisa do tipo: "Victor e Leo têm algo de diferente, que não sei explicar". Eu também não sei. Qual é o tão falado diferencial de vocês?

Não sabemos dizer também, mas o diferencial é aquilo que não se parece com nada. Fazemos nossa música de um jeito próprio, intuitivo e intencionalmente espiritualista. Acreditamos na forma energética que a música é, de tornar mais positiva a vida de alguém. As pessoas, às vezes, querem rotular a coisa, se preocupando com nomes e estereótipos. Somos uma dupla, acima de tudo musical e fazemos isso por amor.



7 – Além da música sertaneja -vocês, inclusive, fazem versões de clássicos- existe outro estilo musical que influencia o trabalho da dupla? Se sim, qual é? Quais artistas vocês costumam ouvir?

A música sertaneja, principalmente do acervo mais regional, influencia nosso som. Mas bebemos de muitas outras fontes como o blues e o country também. Gostamos de ouvir, desde Almir Sater, Alceu Valença, Renato Teixeira, Marisa Monte e Zé Ramalho, até Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan e Phil Collins. O que preservamos quando estamos lidando com música, é nosso senso de criatividade e originalidade. A idéia de ser você mesmo significa ser único, porque ninguém é igual a ninguém.



8 – Vocês têm uma ligação muito intensa com o interior, demonstrada em músicas como "Vou pra roça", "Lem casa", "Vida boa" e outras. O que significa o interior, sobretudo o interior do nosso estado para vocês?

Fomos criados em meio aos modos simples de se viver no interior mineiro, tão rico em peculiaridades e arte. Em Abre Campo, quando líamos histórias com contextos bucólicos, líamos sobre nós mesmos e nos emocionávamos com isso. Quando nos mudamos para Belo Horizonte e depois, São Paulo, percebemos o excesso de agitação e preocupações da vida urbana. Então, canções como Vida Boa, não deixam de ser uma forma de irmos, levando as pessoas junto conosco, até aquela paz de nossas origens. Tudo em nossa música, desde os arranjos até as letras e melodias, é pura expressão emocional e artística. Sendo assim, não precisamos vender uma verdade dizendo-a e sim, permitindo que as pessoas a sintam.

3 comentários:

Anônimo disse...

A entrevista tá 10!!
Aqui tá cada dia mais lindo...
Parabéns pela dedicação!!!

Anônimo disse...

Oi "gabi", muito obrigado pelo carinho e pela visita! Fique com Deus!

Anônimo disse...

Acho a canção vida boa tudo de bom é uma canção q me transmite paz, q é uma das principais coisas q temos q ter na vida pq já vivi sem paz e sei perfeitamente como é.

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